Infecção hospitalar: informe-se e evite

 25/05/2018

O que é infecção hospitalar?

Denomina-se infecção hospitalar qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta, ou mesmo após algum procedimento ambulatorial, quando essa infecção estiver diretamente relacionada com estes eventos.

As infecções hospitalares devem-se ao fato de que os ambientes onde há doentes ou onde se pratica procedimentos médicos são mais propícios a causar infecções, devido à presença maior de germes, à resistência maior desses micro-organismos ou às deficiências de esterilização do material utilizado.

Como prevenir as infecções hospitalares?

A prevenção das infecções hospitalares depende muito mais da instituição do que dos pacientes e envolve, sobretudo, medidas de vigilância sanitária, visando diminuir a presença ou a virulência de micro-organismos. No entanto, há fatores também do lado do paciente que facilitam que ocorra uma infecção hospitalar.

Os germes sempre estão presentes no ar, sobre os objetos e a pele, mas o organismo normalmente se defende deles e as portas de entrada no corpo (pele, mucosas, árvore respiratória, aparelho digestivo, vagina) geralmente impedem a penetração de vírus e das bactérias. Algumas doenças e certos procedimentos médicos enfraquecem essas defesas e rompem as portas de entrada. Assim, quando os germes se fazem presentes num certo grau de intensidade, pode dar-se uma infecção grave. A conjunção de fatores institucionais e pessoais favorecem as infecções hospitalares, que podem ser prevenidas ou minimizadas com algumas providências:

  • Adotar uma técnica hospitalar adequada, desde cuidados arquitetônicos até outros, administrativos, clínicos e de enfermagem.
  • Não tossir ou espirrar sobre o material a ser utilizado. Fazer uma correta esterilização do instrumental e dos demais objetos a serem utilizados.
  • Realizar corretamente procedimentos diagnósticos ou terapêuticos.
  • A pessoa que for praticar algum ato médico ou de higiene no paciente deve lavar corretamente as mãos, antes e depois de cada procedimento.
  • A pessoa que cuidar do paciente deve usar uniformes apropriados para cada ato médico.
  • O pessoal de serviço deve manter os cabelos sempre curtos ou presos. As unhas devem estar sempre cortadas rentes e limpas.
  • O pessoal de serviço não deve alimentar-se no posto de enfermagem, nem transitar pelo hospital com alimentos.
  • O material biológico ou médico contaminante deve ser adequadamente segregado e descartado.
    Pacientes altamente contagiantes devem ser mantidos em isolamento.

Alguns conselhos úteis a pacientes internados e suas visitas:

  • A cama do paciente é sempre para uso exclusivo do paciente.
  • Visitas não devem sentar ou deitar nesta cama, pois podem levar contaminações para o paciente ou adquirir germes transmitidos por ele.
  • Pelo mesmo motivo, não leve alimentos ou flores para o quarto do paciente.
  • Evite levar crianças aos hospitais.
  • Ao ser indicado para uma cirurgia, não procure raspar os pelos, você mesmo. Deixe isso a cargo do profissional que conhece a técnica adequada.
  • Não visite o paciente se você estiver sentindo algo que possa ser uma infecção, mesmo que simples (gripe ou resfriado, por exemplo).
  • Lave bem as mãos, com uma técnica adequada, antes de realizar qualquer procedimento e exija o mesmo da pessoa que for cuidar de você.
  • Não tome remédios ou pratique qualquer ato que não tenha sido recomendado pelo médico.
  • Não fume no ambiente hospitalar.

Como tratar as infecções hospitalares?

As infecções hospitalares geralmente são graves e produzidas por germes resistentes aos antibióticos mais comuns. Seu tratamento é feito por antibióticos especiais e deve durar de 14 a 30 dias. Além disso, o médico deve estar atento aos cuidados gerais necessários para um paciente grave.


ABCMED, 2012. Infecção hospitalar: informe-se e evite.. Disponível em: https://www.abc.med.br/p/301830/infeccao+hospitalar+informe+se+e+evite.htm.

As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.